terça-feira, 31 de maio de 2011

Para quê estudar Arte

A arte vai muito além de um simples desenhos no caderno, ou uma simples escultura......a arte é tudo que o ser humano vive e deu inicio no periodo primitivo da história....antes mesmos do mundo ser mundo os homens das cavernas já utilizava a arte como forma de sobrevivencia e comunicação, um simples exemplo....pesquisa no seu computador vai lá no google e coloca caverna de lacaux- bisões.Você vai ver que vai aparecer algumas pinturas em cavernas......não eram apenas desenhos....eram feitas com sangue de animais, os homens primitivos acreditavam que atraves desse dessenho utilizado como ritual de caça a presa viria até eles através daqueles simples desenhos.Como você pode ver a arte engloba tudo é uma linguagem universal e conhecida por todos pena que aqueles que conhecem e admiram não as indentificam como arte....EX a música que você ouve tem arte melodia é arte... A roupa que você veste também tem arte... Comece a partir de hoje a olhar o mundo com outros olhos vc vai ver que tem arte em tudo. Tudo que você usa ou mexe com algo, é um tipo de arte, então todo mundo usa arte na vida, querendo ou não!!!    
Estudar arte é pra saber tudo sobre a arte!!!

Nós agradecemos a sua atenção em nossas postagens no blogger!!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Arte Popular


Nas camadas populares muitos artistas realizam suas obras, normalmente em seus dias de folga, nas horas tiradas do trabalho na lavoura ou demais ocupações, solitariamente ou com a ajuda da família, em alguns casos, há dedicação integral para a tarefa, entretanto, são poucos os que conseguem sobreviver somente dos trabalhos artísticos realizados. Feiras e mercados são os principais compradores desses produtos que normalmente acabam sendo usados nas decorações de casa, nas brincadeiras infantis ou até mesmo nos altares de igrejas. Os objetos de arte popular normalmente têm fins decorativos e as peças ora podem ser independentes, ora podem ser criadas para enfeitar outros objetos ou substituir aqueles de uso doméstico. A arte sacra sempre foi importante meio de expressão de nossos artistas populares.
O culto católico aos santos criou condições propícias para que muitos artistas populares se expressassem. Além disso, deve se levar em conta que não existiam escolas de arte acadêmica no Brasil até o século XIX e muitos de nossos artistas criavam seus trabalhos sem praticamente nenhum contato com a "arte erudita". Aleijadinho, um de nossos maiores artistas, pode, sob vários aspectos, ser considerado um artista popular. Outro fator que espanta na arte popular é a semelhança observada em algumas peças produzidas por artesãos sem estudo artístico com obras encontradas em outras épocas e culturas, podendo dar indícios de fatores inconscientes que atuam nessas criações.
Um exemplo disso são os santos brasileiros semelhantes às representações medievais que aparecem na arte popular, como os realizados por Severino de Iracunhaem. Além disso, são famosos em nossa arte os "santeiros", principalmente no interior do país e em Minas Gerais, que realizam suas obras seguindo as determinações da Igreja. Assim, por exemplo, uma representação de Santo Antônio deve seguir as características que a tradição religiosa imprime ao santo. A arte popular normalmente exprime um sentimento comum ao meio onde se desenvolve. Não costuma ser esperado do artista popular originalidade ou expressão individual, mas sim domínio artesanal e capacidade para executar as obras, normalmente encomendadas e ditadas pela sociedade em que ela se insere, que determina tanto a temática como, em alguns casos, a própria forma que o trabalho deva assumir. Bichinhos, figuras humanas e tipos (como o cangaceiro, a lavadeira, o padre), além de santos são os temas mais freqüentes da arte popular. Normalmente o artista popular tira da realidade em que vive seus assuntos, podendo às vezes imprimir doses de humor e crítica social às suas representações, como ilustram pequenas esculturas nordestinas de moças brancas dançando com negros de nariz tapado.
Famosos pela sutil ironia são Mestre Vitalino e Zé Caboclo, ambos de Caruaru. O artista popular costuma ser auto-didata, sem contato com a arte erudita, retirando da tradição as técnicas que precisa para realizar seu trabalho. Pode inclusive criar recursos próprios para solucionar seus problemas. A personalização da tradição da sociedade em que esse artista está inserido pode gerar obras de grande valor artístico. As pequenas esculturas costumam ser as manifestações mais freqüentes da arte popular, especialmente a cerâmica. Devido às particularidades do trabalho com o material, existem pequenas oficinas (pelo menos inicialmente familiares) que se dedicam ao ofício.
As oficinas de cerâmicas estão presentes em várias localidades do Brasil , destacando-se as da região oeste do país, as amazônicas, nordestinas e as do Rio Grande do Sul. Cidades como Caruaru, com suas esculturas mais sofisticadas, com valorização do movimento e realismo são influentes centros regionais que acabam por determinar padrões nordestinos. As esculturas em barro têm centros na região norte do país, em cidades como Belém - destacando-se principalmente as formas de animais locais, como os jacarés; no Sudeste, em cidades como Vitória e artistas como Mãe Ana; no Sul, em São José (Santa Catarina) e as misturas de seres fantásticos com pessoas e animais no conjunto das treze figuras coloridas do boi-de-mamão (realizadas por artistas como Anésia de Silveira). Ainda no Sudeste, vemos fortes centros em lugares como o Vale do Paraíba paulistano, cuja produção é especialmente intensa no Natal de figuras relacionadas à festa, como anjos, meninos e estrelas do oriente.
O folclore do vale também é representado através de peças feitas para a tradicional "Festa do Divino". No Centro-Sul são famosas as esculturas de intenção religiosa. No Nordeste são especialmente conhecidas as figuras que, por seus trajes e atitudes, caracterizam aspectos da vida da região. Chamam a atenção também pela sofisticação que as representações apresentam, com detalhes como feições do rosto atentas aos tipos físicos do local. Ainda no Nordeste, as carrancas nos barcos que cruzam o São Francisco, usadas na intenção de espantar malefícios ou mesmo monstros folclóricos fluviais, são outros bons exemplos de arte popular. Os ex-votos também são considerados uma das mais importantes manifestações artísticas populares. Os milagres costumam enfatizar a região do corpo a que os fiéis pedem atenção divina. Nas cabeças, em que se apelam para mortos, tanto pode ser visto padrões comuns quanto preocupações artísticas em retratar as feições do falecido.
O "Padinho Cícero", por exemplo, é um tema regional bastante empregado nas esculturas religiosas nordestinas, especialmente as de Juazeiro do Norte. A Umbanda também fornece grande inspiração para os artistas populares, como as figuras de Exus, caboclos e preto- velhos, especialmente fortes na Bahia, bem representadas por Cândido. É também típico do estado as figuras das "baianas", com suas vestes e formas anatômicas mais realistas. Principalmente através do Modernismo e de sua nacionalidade alguns artistas populares começaram a ser reconhecidos em círculos de arte erudita, sendo valorizados e realizando até mesmo exposições dentro e fora do país.
Um dos primeiros desses artistas mais afinados com as tradições populares descobertos foi Cardosinho (José Bernardo Cardoso Júnior), português que veio ao Brasil com três anos de idade. Tendo começado a pintar com sessenta e oito anos, chama a atenção por suas composições fantásticas e misteriosas, que não se preocupam com o realismo nas proporções (como demonstram as borboletas enormes de seus quadros, copiadas em tamanho natural). Chegou mesmo a realizar uma mostra com Portinari. Djanira da Mota e Silva, nascida no interior de São Paulo e fixa no Rio de Janeiro é outra artista popular que realizou exposições, inclusive nos Estados Unidos. Entre algumas de suas obras estão: "Figuras na Rua" (1946) e "A Casa de Farinha" (1956) ou a pintura da Capela de Santa Bárbara, no túnel Catumbi - Laranjeiras, no Rio de Janeiro (1961- 1963). Chico da Silva, com seus animais fantásticos, como pássaros e dragões ligados ao folclore do norte-nordeste do país é mais conhecido na Europa (graças à intervenção do pintor suíço Jean Pierre Chabloz que o descobriu em Fortaleza) do que no Brasil.
A tradição afro-brasileira e o aspecto contemplativo das esculturas do baiano Agnaldo Manuel dos Santos também o caracterizam como importante artista popular, como suas figuras sobre mãe e filho ou obras como "Totem" de 1973. Mestre Vitalino (ver verbete) de Caruaru, o carioca Heitor dos Prazeres, o pernambucano Manezinho Araújo, a paulista Maria Auxiliadora da Silva, são outros nomes de pintores populares que acabaram por ficar conhecidos em círculos eruditos.  

sábado, 28 de maio de 2011

Arte no Brasil

Arte no Brasil

Arte no Brasil  é o termo utilizado para designar toda e qualquer forma de expressão artística produzida no Brasil, desde a época pré-colonial até os dias de hoje. Dentro desta ampla definição, estão compreendidas as primeiras produções artísticas da pré-história brasileira e as diversas formas de manifestações culturais indígenas, bem como a arte do período colonial, de inspiração barroca, e os registros pictóricos de viajantes estrangeiros em terras brasileiras. Com a chegada da Missão Artística Francesa no século XIX, ensaia-se pela primeira vez a criação de uma escola nacional de arte, consolidada por meio do estabelecimento da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Posteriormente, sob a influência do expressionismo, do cubismo e do surrealismo europeus, junto com uma valorização do primitivismo, o Brasil assistirá ao desenvolvimento do modernismo, que será progressivamente incorporado ao gosto da sociedade e da arte oficial, até que a assimilação das novas tendências surgidas no pós-guerra contribua para o florescimento da arte contemporânea brasileira.
As mais antigas manifestações de pinturas rupestres no Brasil encontram-se na serra da Capivara, no Piauí,datando de cerca de 13000 a.C. Em Pedra Pintada, na Paraíba, foram encontradas pinturas com cerca de 11 mil anos de idade e, em Minas Gerais, chamam atenção os registros de arte rupestre localizados em várias cavernas do vale do Peruaçu, que se distinguem por seus raros desenhos de padrões geométricos, executados entre 2.000 e 10.000 anos atrás. São igualmente dignas de menção as pinturas de animais descobertas em grutas calcárias no vale do rio das Velhas, em Lagoa Santa, Minas Gerais.Na documentação arqueológica brasileira, predominam o uso de materiais como osso, chifre, pedra e argila, para a confecção de objetos utilitários (recipientes, agulhas, espátulas, pontas de projétil), adornos (pingentes e contas de colar) e cerimoniais, atestando uma preocupação estética observável, sobretudo, na extraordinária variação de formas geométricas e no tratamento das superfícies e dos retoques.


Arte no Brasil é considerada uma das artes mais bonitas que existe no mundo !!

Obrigada por ler mais uma postagem que nós fizemos !! Espero que gostem !!

Um beijo e um Abraço a todos ..

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Arte Abstrata

A arte abstrata  é geralmente entendido como uma forma de arte (especialmente nas artes visuais) que não representa objetos próprios da nossa realidade concreta exterior. Ao invés disso, usa as relações formais entre cores, linhas e superfícies para compor a realidade da obra, de uma maneira "não representacional". Surge a partir das experiências das vanguardas européias, que recusam a herança renascentista das academias de arte, em outras palavras, a estética greco-romana. A expressão também pode ser usada para se referir especificamente à arte produzida no início do século XX, por determinados movimentos e escolas que genericamente encaixam-se na arte moderna.
No início do século XX, antes que os artistas atingissem a abstração absoluta, o termo também foi usado para se referir a escolas como o cubismo e o futurismo que, ainda que fossem representativas e figurativas, buscavam sintetizar os elementos da realidade natural, resultando em obras que fugiam à simples imitação daquilo que era "concreto".













Arte Contemporânea - Arte Abstrata Expressão que indica essencialmente a forma de arte que rejeita toda a representação da realidade exterior e concebe a pintura ou escultura como uma organização de formas e cores puras susceptíveis de despertar emoção estética. Não deve ser confundida com a arte decorativa, de finalidade utilitária. É uma libertação, resultado da revolução pictórica moderna em reação ao realismo acadêmico do século XIX. Suas origens remontam aos anos anteriores à guerra de 1914. As primeiras manifestações mais conscientes são registradas na Alemanha e na Rússia. Em 1918 Kandinsky apresentou sua primeira aquarela propositadamente abstrata. Muitas tendências surgiram: Construtivismo, Raionismo, Suprematismo, tendências geométricas rigorosas, Dadaísmo, Tachismo,Arte Informal, Abstração Lírica, Pintura de Ação. No Construtivismo podemos citar Taflin, Pevsner, e Gabo. No Raionismo, Lorionov. Malevitch no Suprematismo. Robert Delaunay no Orfismo. Mondrian na Arte Abstrata Geométrica e Miro no Dadaísmo. Outros artistas abstratos: Klee, Hartung, de Stael, Poliakoff, Mathieu, Kline e Pollock.

 

Arte na Cidade

A proposta que a Arte na Cidade traz para artesãos, músicos, artistas plásticos, escultores, enfim, para todos os profissionais que trabalham com arte é que é fácil, simples e barato gravar e distribuir DVD’s com shows, apresentações, palestras ou videoaulas de suas técnicas com alta qualidade de imagem e som.
A tecnologia digital trouxe mais qualidade e um preço mais acessivel mas é muito importante que a equipe de produção esteja bem preparada para aproveitar toda a qualidade que os equipamentos podem oferecer e, dessa forma, produzir DVD’s com qualidade impecável. É assim que a Arte na Cidade trabalha, com profissionais treinados e aprimoramento constante das técnicas de produção.
Muitas pessoas acham que arte é só fazer um desenho no papel e pintar esse desenho, mais arte não é isso, arte na verdade é expressar seus sentimentos....!!!
                                        
Ai estão imagens de artes nas cidades que existem no Brasil e no Mundo!!!!!!!!!!!!

Obrigado por visitarem nosso blogger.




segunda-feira, 16 de maio de 2011

Arte nas ruas

O grafismo é uma das mais antigas manifestações gráficas do homem, valorizado como arte. Na década de 60, com caráter político, foi ressuscitada pelos hippies, que com eles popularizaram slogans como "paz e amor", "faça amor não faça a guerra". Na década de 70, a arte - música, teatros, espetáculos cênicos, dança - deixou os espaços fechados e chegou às ruas das cidades. Nessa onda, o grafismo e as pichações ganharam as ruas brasileiras, seguindo a moda novaiorquina. Verdadeiras imagens tatuadas no corpo das cidades, no início eram consideradas manifestações marginais, mas foram, aos poucos, nutrindo a cultura que os rejeitava. Entre o grafismo e a pichação existem diferenças essenciais. O primeiro surgiu a partir de grupos ligados a arte: poetas, estudantes de arquitetura e de desenhos, dos quais a repressão dos anos 70 tirou o canal de expressão. A simples pichação, por sua vez, é um processo anárquico de criação, onde é mais importante transgredir, do que manifestar um processo criador. Com uma estética que busca o rabisco, o sujo, agride os padrões da cultura, transgredindo o estabelecido, o bem feito. Dando preferência aos lugares sacralizados - igreja, escolas, monumentos públicos -, busca chamar atenção para o autor e/ou para sua mensagem. Seus autores, geralmente, são jovens da periferia das grandes cidades.




Essa foi mais uma postgem nossa.Beijim

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Arte do Dia a Dia

A Arte está presente no dia-a-dia, nas ruas, jardins, praças, museus, parques, templos.
Quem vai dizer o que é uma obra-de-arte? Quem dita a moda, o que é ou não é arte? Na história vemos que muitos artistas foram reconhecidos séculos depois, e em sua própria época marginalizados, na música por exemplo, Beethoven não era compreendido em seu tempo, e hoje o que conhecemos como orquestra se deve a ele, e foi Wagner o responsável por tirá-lo do esquecimento; a Nona Sinfonia, opus 125, introduziu o canto e é ouvida até em propagandas de tv, mesmo que não se reconheça a obra que ali está_ quando Beethoven a apresentou não acreditou no retorno financeiro que teve, ficando realmente muito decepcionado.

Cabe ao futuro dizer o que é Arte. Ou seja, a arte não expressa só a contemporaneidade, vai além.

Inspiração artística e atividade artística, não são classificadas necessariamente como arte, vemos em muros grafite/pichação que por vezes é fotográfica, simbólica, utilizando-se de códigos, faz parte da cidade, retrata a vida urbana, tem um quê de arte.
A Arte está presente no dia-a-dia, nas ruas, jardins, praças, museus, parques, templos.
Quem vai dizer o que é uma obra-de-arte? Quem dita a moda, o que é ou não é arte? Na história vemos que muitos artistas foram reconhecidos séculos depois, e em sua própria época marginalizados, na música por exemplo, Beethoven não era compreendido em seu tempo, e hoje o que conhecemos como orquestra se deve a ele, e foi Wagner o responsável por tirá-lo do esquecimento; a Nona Sinfonia, opus 125, introduziu o canto e é ouvida até em propagandas de tv, mesmo que não se reconheça a obra que ali está_ quando Beethoven a apresentou não acreditou no retorno financeiro que teve, ficando realmente muito decepcionado.

Cabe ao futuro dizer o que é Arte. Ou seja, a arte não expressa só a contemporaneidade, vai além.

Inspiração artística e atividade artística, não são classificadas necessariamente como arte, vemos em muros grafite/pichação que por vezes é fotográfica, simbólica, utilizando-se de códigos, faz parte da cidade, retrata a vida urbana, tem um quê de arte.




Bem,esse foi mais uma postagem nossa. Beijim e até mais!!!!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Arte Contemporânea no Dia de Hoje

A arte contemporanea é a que se faz hoje. Contemporâneo, é o que pertence ao nosso tempo. Isto não significa que muitos artistas que estão produzindo atualmente o façam com a linguagem do “hoje”. O legado que a Arte Moderna nos deixou é rico o suficiente para ainda influenciar artistas em todo o mundo.
A arte de linguagem contemporânea, como diz o crítico Alberto Beuttenmuller, é aquela que traz as influências características desta época: são as performances, as ocupações de espaço, as instalações,as interferências, a arte virtual. Quase todas efêmeras e circunstanciais.
A pintura, a escultura, gravura e outras técnicas muito usadas na manifestação artística do homem enfrentam hoje o desafio de atualizar-se , de inserir-se nestes tempos de individualizações e de imagens, instantâneas. Superar a riqueza do Periodo Moderno ou introduzir um novo discurso: eis o desafio de fazer arte na contemporaneidade.












Na História, a Idade Contemporânea compreende o período de tempo que vai da Revolução Francesa (1789) até hoje. O período entre o fim da Idade Média (por volta de 1500) e a Revolução Francesa é chamado de Idade Moderna. Por este conceito, Caravaggio (1571 – 1610) seria moderno, e Claude Monet (1840 – 1926) e Joan Miró (1893 – 1983) seriam contemporâneos.Nas artes, deu-se o nome de Modernismo aos movimentos surgidos no início do século XX, como o Cubismo, Surrealismo etc. Seguiram-se outros movimentos (Op Art, Por Art) e que é produzido atualmente é carimbado como “arte contemporânea”. Por este conceito, Miró seria moderno, mas nenhum dos três artistas seria contemporâneo. Contemporâneo significa, nos dicionários, “o que é de hoje, dos dias atuais”. Neste conceito, nenhum dos três pintores faz arte contemporânea; entretanto, todos os três já fizeram, em seu tempo! Quando Caravaggio pintava, em 1600, estava fazendo “arte contemporânea”, isto é, a arte do seu tempo.  Como a arte de hoje, a mais inovadora, ainda não recebeu um nome oficial, “arte contemporânea” passa a ser o nome provisório para o “movimento”. Se um pintor de hoje fizer um quadro que no tema, no estilo etc. arremeta a Caravaggio, não estará fazendo arte contemporânea. Mas se fizer um vídeo aparentemente desconexo, estará. Alguém que pintasse, hoje, ao estilo de Miró, ainda estaria fazendo arte contemporânea, pois seu quase Abstracionismo ainda não foi superado.
Quando se fala de “arte contemporânea” é comumente deste quarto sentido que se está a dizer. A arte contemporânea gera muito preconceito. É quase sinônimo de rejeição e escárnio.
Quero analisar a arte contemporânea, pensar sobre ela, entendê-la. Mas não parto de um ponto neutro: parto destes pré-conceitos, que compartilho. Meu ponto de partida é: “a arte contemporânea é lixo, feita por um bando de narcisistas que ou não conhecem a História da Arte ou se aproveitam dos que não a conhecem para aparecer”. Este é meu pensamento inicial.
Para mim, a Arte (estou utilizando “Arte” como sinônimo de “Pintura”) morreu com Picasso e Duchamp. Mais especificamente, com uma obra de cada um. “Les demoiselles d’Avignon” (1907), pintura de Pablo Picasso, inaugurou o Cubismo e matou a figuração. “A fonte” (1917), o urinol de Marcel Duchamp, disse: “Arte é o que eu quiser chamar de ‘Arte’”.
Agora, visitamos uma exposição e encontramos, digamos, uma cadeira derrubada. Ao seu lado, uma plaquinha com um título como “O amor”. No lugar da cadeira, poderíamos ter um chave-de-fenda, um travesseiro, um gato empalhado. O título poderia varia, também: “O amor nos tempos da internet”, “Picasso me enviou uma carta” ou “Abre aspas, fecha aspas”. Qualquer bobagem assim. Desconexa, com cara de significados “profundos” (um travesseiro intitulado “Abre aspas, fecha aspas”… O autor quis nos falar dos sonhos?), mas ridiculamente vazia (já que escolhi o objeto e o título por sorteio, logo, não queria “dizer” nada, “provocar” nada).
Obras aparentemente inovadoras povoam as exposições e galerias, mas não cansam de remeter a uma obra quase centenária.
Inovador e chocante mesmo foi Gustave Courbet, com seu “A origem do mundo”, em 1866 – uma vagina ocupa em vergonha nenhuma o centro da tela.
Admiramos e idolatramos Coubert, Picasso e Duchamp. Desprezamos os artistas de hoje, dizendo que “querem apenas aparecer”, “querem chocar por chocar, querem manipular o público e a mídia, para enriquecerem”, “fazem isto porque não têm talento para fazer belas pinturas” etc.
Mas, se pudéssemos voltar no tempo… Se voltássemos a 1866, ou a 1907, ou a 1917… O que acharíamos de Courbet, Picasso e Duchamp, respectivamente? Será que não lhes acusaríamos das mesmas coisas (narcisismo, incompetência técnica etc.)? É possível. Talvez seja provável.
A conclusão dolorida é que não passamos de um bando de reacionários, conservadores. Agora admiramos Courbet, mas, se vivêssemos em 1866, e estivéssemos vendo a arte contemporânea daquela época, isto é, “A origem do mundo”, reagiríamos como reagimos com a arte contemporânea de hoje. “Milhões? Não pagaria nem dez centavos por isto!” Não te envergonha ver-te assim como uma mentalidade retrógrada de 1866? Pois és a mentalidade retrógrada de hoje e não sabes.
Nossos parâmetros de avaliação para a arte contemporânea, portanto, não podem ser certos preconceitos que temos. É óbvio que a arte contemporânea está cheia de falsários. Mas seria absurdo pensar que os milhares de artistas em atividade atualmente sejam todos falsários. Alguém deve se salvar. Complicado será separar uns e outros.
*
Por mais que achemos a arte contemporânea um lixo, um pastiche completo, se formos falar da História da Arte teremos que incluí-la. Qualquer História precisa chegar até o hoje. Mesmo que seja para dizer que é um lixo por completo. Mas alguém está fazendo este lixo. Aliás, milhares estão fazendo.
Contudo, ao escrevermos uma História, uma grande preocupação deve ser não dar peso demais ao atual, porque nem tudo o que hoje tem significado será lembrado daqui a cem anos. Desta forma, o historiador tem de ter certa perspicácia, certa autonomia, quando fala sobre os dias de hoje. Aqui ele tem de selecionar, sem contar com o filtro do tempo.
Será necessário, portanto, separar uns e outros, entre os contemporâneos. Dezenas são “importantes”, se abrirmos os cadernos de cultura dos jornais. Mas os apenas importantes não ficarão para a História da Arte. Ficarão apenas os muito importantes.
Mesmo que estejam a fazer lixo. Mesmo que estejam a repetir Duchamp. Em uma aula de História da Arte, daqui a 50 anos, poderá até ser dito: “no início do século XXI, nada de novo era produzido; continuava-se a repetir Duchamp; o mais famoso destes continuadores da tradição foi…”. Mas algo tem de ser dito. Não pode haver um buraco na História. É muito grande a tentação de encerrar a História em Andy Warhol. Mas não pode ser assim.

Esta foi a nossa segunda postagem, logo mais postaremos mais coisas legais.
Até Mais !!